sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Depois de algum tempo sem cá pôr os pés

(ou os dedos), por variadíssimas razões para mais tarde esquecer, venho falar de um fenómeno que penso não ter grande expressão no mundo além-Reino Unido. Desta feita é sobre peixe, mas não exactamente sobre como os comem, mais como os pescam.

Ora que a pesca é um desporto largamente apreciado pelo povo bife, seja em lagos, rios ou mares e, sendo esta coisa onde estou uma ilha, é vulgar ver pescadores, amadores ou profissionais, com canas espetadas na areia, dia e noite.

O fenómeno começa no preciso momento em que o peixe é sacado para fora de água, logo depois de morder o anzol. Qualquer pescador assim apelidado pegaria no peixe para o meter num balde ou num saco, digo eu, que não sou pescadora. Mas os bifes olham para o peixe, sorriem, às vezes fotografam-no, mostram-no aos companheiros pescadores e depois, com muito jeitinho, tiram o anzol da boca do peixinho e botam-lhe uma pomadazinha anti-séptica na zona da ferida, para logo a seguir o lançar de volta ao mar.

Confusa com a observação deste comportamento, procurei verificar a veracidade e vulgaridade desta forma tão asséptica de tratar os bichos, tão nóia-higiene-e-segurança de que eles são fãs (apesar de não perceberem nada do assunto), e várias fontes me confirmaram que todos o fazem.

Questionando um bife pescador, que é também o chef do restaurante deste hotel, sobre porque razão não o levam para casa para o cozinhar, respondeu-me que peixe para comer h´s nos supermercados, que os vendem já em filetes.

E esta, hein?

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