(ou os dedos), por variadíssimas razões para mais tarde esquecer, venho falar de um fenómeno que penso não ter grande expressão no mundo além-Reino Unido. Desta feita é sobre peixe, mas não exactamente sobre como os comem, mais como os pescam.
Ora que a pesca é um desporto largamente apreciado pelo povo bife, seja em lagos, rios ou mares e, sendo esta coisa onde estou uma ilha, é vulgar ver pescadores, amadores ou profissionais, com canas espetadas na areia, dia e noite.
O fenómeno começa no preciso momento em que o peixe é sacado para fora de água, logo depois de morder o anzol. Qualquer pescador assim apelidado pegaria no peixe para o meter num balde ou num saco, digo eu, que não sou pescadora. Mas os bifes olham para o peixe, sorriem, às vezes fotografam-no, mostram-no aos companheiros pescadores e depois, com muito jeitinho, tiram o anzol da boca do peixinho e botam-lhe uma pomadazinha anti-séptica na zona da ferida, para logo a seguir o lançar de volta ao mar.
Confusa com a observação deste comportamento, procurei verificar a veracidade e vulgaridade desta forma tão asséptica de tratar os bichos, tão nóia-higiene-e-segurança de que eles são fãs (apesar de não perceberem nada do assunto), e várias fontes me confirmaram que todos o fazem.
Questionando um bife pescador, que é também o chef do restaurante deste hotel, sobre porque razão não o levam para casa para o cozinhar, respondeu-me que peixe para comer h´s nos supermercados, que os vendem já em filetes.
E esta, hein?
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