

Aproveitámos o feriado para ir ver a Exposição Salvador Dali no Porto.
Para variar, o Dali, como os seus visitantes, não mereciam os maus tratos inflingidos às peças... Quadros coladinhos uns aos outros e aos cantos (alguns com folhagens de plantas envasadas a tapá-los), pregados na parede com uns parafusos enormes e pretos, sem grande informação e desorganizados de uma forma inteligível, com luz do Sol directa sobre eles, uma vez que as janelas estavam todas escancaradas, o que dificultava o visionamento dos quadros emoldurados em vidro.
E custava alguma coisa ter feito um panfletozito com informação sobre a Exposição? Só durante a fila (pelo menos essa era composta) há oportunidade de ler, à pressa, um texto escrito num tipo de letra em que era incrivelmente difícil distinguir o S do T ou do J. Tudo isto no Palácio do Freixo, ainda não totalmente recuperado, nem por dentro nem por fora.
Apesar dos pesares, adorei ver as peças, maioritariamente escultura em bronze (de grande e pequena dimensão), litografias, das quais destaco as séries Gargântua e Pantagruel, espantosa, e A Bíblia Sagrada, asbolutamente fantástica. Valeu bem a visita.
Para quem ainda não viu, acaba já amanhã, à meia-noite! Corram!
Logo depois, porque estávamos numa de roteirinho cultural na cidade grande, fomos ao Museu dos Transportes e Comunicações, no edifício da Alfândega, ver a Exposição de Júlio Resende.
Não sou especialmente apreciadora de Resende, mas gostei. Desta vez o espaço de acolhimento da exposição era bom, renovado, com condições, espaço para apreciar, cirandar por entre os quadros, não chocar com as pessoas (que eram muitas!).
Como não pode ser tudo bom, as plaquinhas com informação sobre os quadros eram extremamente pequenas, em letra Arial 12, ou parecido, ao pé de quadros enormes, o que fazia com que os vistantes passassem a vida a dar 3 passoas à frente, curvar-se, focar os olhos naquela existência mínima, dar 3 passos atrás, voltar a focar as obras grandes e coloridas, e assim sucessivamente, desenhando grandes ziguezagues de gente. Enfim...
A tela Ribeira Negra é incrível. Monumental, cinzentos, cenas fantásticas. Pena que o espaço seja um corredor, porque assim não dá espaço para o apreciar com tempo e distância.
Ainda depois de Resende pretendíamos ver a Exposição Leonardo Da Vinci - O Génio, no Pavilhão Rosa Mota. Eram 5 da tarde, a entrada era 6€, o P. já a tinha visto, desistimos. Fica para a próxima.
O balanço é positivo, até porque, para além das Exposições, o passeio soube bem e estava um dia óptimo. Por este dias fico por cá, que vou matar a minha fominha de Cinema, no Bragacine, nas sessões da Velha-a-Branca, na Videoteca e no Ciclo Hitchcock!
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